Street photography e alguns textos, porque nunca se sabe o que pode passar pela cabeça ou pela frente.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Discordância dos tempos


A primeira pessoa, sou eu: -seja no pretérito imperfeito ou no presente do futuro, mesmo trocando concordâncias ou  perdido nos advérbios e adjetivos ...  a primeira pessoa sou eu!

Eu.

Custo a encadear a narrativa. Começo com a proximidade da velhice ou com a marca infantil de decisivos passos?

Verbo ser, ou outro verbo? ("To be" em outra língua é um mistério literário, porém, com regras simples liberta o imaginário). 

Estou.

Hoje fui, amanhã não sei. Sou!

Camões nunca seria Quixote, nem Cervantes aproveitaria a malícia de um personagem Rodrigueano, portanto, ler é importante, escrever é desabafo,  mas vivência é o que  pode ser levado.

Eu- primeira pessoa no singular- nasci no momento em que gerei a primeira memória: isso foi ontem, ou, por conta do esquecido, há uma vida.

Renovo-me na dúvida de por quando iniciar o texto.
Há 5 minutos tento.

"Hoje fui, amanhã deixei na segunda pessoa o tempo passado..." 

Agora, bem agora - existo!

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