A primeira pessoa, sou eu: -seja no pretérito imperfeito ou
no presente do futuro, mesmo trocando concordâncias ou perdido nos advérbios e adjetivos ... a
primeira pessoa sou eu!
Eu.
Custo a encadear a narrativa. Começo com a proximidade da
velhice ou com a marca infantil de decisivos passos?
Verbo ser, ou outro verbo? ("To be" em outra
língua é um mistério literário, porém, com regras simples liberta o
imaginário).
Estou.
Hoje fui, amanhã não sei. Sou!
Camões nunca seria Quixote, nem Cervantes aproveitaria a
malícia de um personagem Rodrigueano, portanto, ler é importante, escrever é
desabafo, mas vivência é o que pode ser levado.
Eu- primeira pessoa no singular- nasci no momento em que
gerei a primeira memória: isso foi ontem, ou, por conta do esquecido, há uma
vida.
Renovo-me na dúvida
de por quando iniciar o texto.
Há 5 minutos tento.
"Hoje fui, amanhã deixei na segunda pessoa o tempo passado..."
Agora, bem
agora - existo!
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