Ví, do fim do corredor, o rastro do lixo e o trabalho que teria até poder dizer:”Pronto, estou em casa!”.
Leite não derrama; restos de torta; cascas de banana.
Prefiro panelas de ferro - que horas sairei da cozinha? - os panos, que secam no forno, crespos como papel enrugado, não servem para o que quero e o peito permanece molhado.
A casa tem cheiro a felino; juntar as meias jogadas; passou o tempo do menino e não sei de quem, a quem, e se vem… um mero agrado.
Quem sabe um pouco de ambrosia? Sobra do que estava coalhado. Um tempo fora da rotina, algo ainda a ser reparado.
2 comentários:
O belo texto me remete a um registro emotivo, em sépia, feito a foto esmaecida pelo passar do tempo.
Lindo Marcelo, como sempre.
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