Street photography e alguns textos, porque nunca se sabe o que pode passar pela cabeça ou pela frente.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Química

Vai chegar o dia que tudo vai ser explicado cientificamente, como as emoções que são na verdade uma mistura de enzimas que estimulam ou deprimem, juntam ou afastam, desejam ao abominam, fazem agir ou impõem a cautela.

Desta forma se explicam as diferenças de temperamento nas espécies, e da diversidade que temos na nossa. Fico sem graça a cada descoberta que leio. Amor é igual a ocitocina, fidelidade é questão de recetores, ódio e falta de humor é noradrelanina, dopomina, e outras proteínas. Antes, me sentia melhor que muitos, um bem aventurado, homem de boa vontade, agora, apenas carrego um laboratório eficiente, nada que um antidepressivo ou um modulador não possam por por terra. Perdi um pouco o tesão pela conquista ao saber que o mesmo hormônio que me estimula ao amor filial ou afetivo-sexual pode ser liberado quando afago um cachorrinho.
Bom para os que não se controlam, para os depressivos, compulsivos, agitados, insônes e outros neuróticos. Ruim para quem só queria manter a poesia de viver livre de tanta alquimia.

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