Antes de mais nada o tempo, mais preciso do que a data, o momento. Depois, as circunstâncias, e mais importante: o sentido.
O carro sacode muito, ou sou eu quem escolho pistas irregulares. Tenho dó das senhoras que, mesmo a pé, tropeçam nas calçadas.
As árvores da avenida estão secas em plena primavera, e as casas, tão parecidas, carecem de uma cor que as personalize.
As crianças brincam sem perceber o que acumulam em motivos, para além, disparar seus devaneios.
Os que sentam nas calçadas, também observam, mas sem análises, refletem apenas o sol que os fez sair a rua.
Adoro cães errantes que por nada nos perseguem.
Absorvo o tema que embala a experiência que não tive.
O carro balança, me distraio, o latido interrompe o momento - foi-se o improvável.
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