Hoje acordei com um vazio tamanho. Nada.
Durou até terminar a xícara de café… depois veio a náusea.
Então, lembrei Sartre, e de como, tão cedo seus livros entraram na formação de meu pensamento. Eu tinha 15 anos, ou menos, e já tentava compreender o sofrimento de uma criança, criada sem pais, que não conseguia aproveitar seu sucesso depois de adulto, crônica. Isso era um conto, em meio a tantos, mas atrapalho a vivência com a literatura precoce. Eu, tive pais, e muito menos motivos para mazelas, mas tento, em vão, e sempre, elaborar angústias que tampouco me pertencem.
Não imagino meus filhos, que passaram desta fase, refletindo tão profundo. Não lhes faltaria, ou falta, material para compreensão e dúvida, mas vejo que vivem apenas o que lhes é próprio e que venha do presente.
Talvez venha sendo um exagerado, daí ter acordado com um vazio estranho. Durou até se transformar em Sartre. Depois, vomitar em frases e, quem sabe, conseguir o alívio de perceber que, “Nada”, de filosofia, não passa.
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