Prefiro não reler o que publico, nem olhar fotografia antiga. Cada coisa expressa o momento, e deu. Não sei por que guardei tanto para depois, se, dificilmente volto a elas. Gravei filmes, shows, capítulos de novelas, a primeira vomitada de meus filhos, guardo cadernos com rabiscos, desenhos e recados, nunca vistos, nunca lidos. Acho que o tempo me afasta ainda mais deste tipo de memória e prefiro o esquecimento, mesmo o que foi bom ficou melhor no pensamento.
Um dia fiz uma fogueira e vi queimar meus VHS, depois meus cadernos do tempo de faculdade, como todas as revistas e suas noticias vencidas. Há muito percebi que sou efêmero, e não há nenhuma tristeza em dizer isso. Não sei se lembro o que escrevi na primeira linha, mas prefiro não reler o que publico, nem olhar fotografia antiga.
Diário da MOrsa
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