Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim,
que perguntar carece
como não fui eu que fiz?
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor (...)
Calor que invade, arde, queima e encoraja, amor
Que invade arde, carece de cantar"
Cabem tão dentro de mim,
que perguntar carece
como não fui eu que fiz?
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor (...)
Calor que invade, arde, queima e encoraja, amor
Que invade arde, carece de cantar"
Duas canções de Milton Nascimento, desfrutei do Clube da Esquina.
Nem visão, nem imagem, nem ato ou comoção, a dose certa de todas as possibilidades num só acontecimento, e não foi desta, nem tão próximo, nem revealdor ou obscuro o bastante para me eximir de responsabilidade.
Escuto com se fosse a primeira e não a comum maneira de dizer o que é repetido, e desde sempre, e fico as voltas com impressões que se acrescentam neste devaneio, do que deveria ser, quem sabe, apenas passageiro, e simples como um fato corriqueiro, o que pode virar em uma dolorosa tragédia grega, ou romana, romanesca.
Nem verdade, nem versão falsificada, nem direto, nem o direito, sem vantagem, espio um impulso para empurrar a sorte, mas que pode dar em um nada, ou em muito algo como as canções que me chegam, como o amor que invade e arde, que cabem tão dentro de mim, mas, que perguntar carece: Porque não fui eu quem fiz?
Então, há canções e há momentos
Eu não sei como explicar
Em que a voz é um instrumento
Que eu não posso controlar...
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