Street photography e alguns textos, porque nunca se sabe o que pode passar pela cabeça ou pela frente.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pedras

 O brilhar da primeira pedra vem dos cristais espalhados pela casa. Na maratona mística que me é imposta, acabo por cegar-me com cores  e as luzes de inócuas terapias, se me mexo posso tropeçar em um par de pirâmide mal posicionadas e atravessadas no caminho. Algo pende da porta do banheiro, depositário de más energias, diz,  não as minhas que libero tão naturalmente como qualquer outro movimento da fisiologia. É é tanta luz distribuída deste o prisma até o quarto que é justo ali  onde deveria reinar energia paira apenas insensível e inócua harmonia.

No tempo da solidão vaga pareceu válido acolher o desprezo. Desprezo que não desperta angústia, medo maior, mas que também não contempla o físico. Objetivo, no entanto, é a falta da dúvida a mesma que traz a dor mas pode levar também levar ao riso. Ignoro recomendações terrenas e o descompasso  com o Divino mantem o nada, como a fé que em em si não se comporta..

Fujo até reunir gente em minha volta, seja em carne, osso, toque ou espírito, quero o abrigo de algum encontro. Odeio ágapes e confrarias, discussões em sindicatos, ideias para portas fechadas; portanto, a salvação pelo meu caminho à comunhão não é mera passagem mas uma dura e dolorosa realidade.

Rua, luzes, copos e gritarias, Calma, breu, sentimentos e silêncio.

O brilho dos cristais ofuscam mas não iluminam, as pedras não calçam os caminhos, a busca vem de si, devo saber,  e não dos mitos.

Nenhum comentário: