Street photography e alguns textos, porque nunca se sabe o que pode passar pela cabeça ou pela frente.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Meias verdades

Deus fecha uma porta, alguém vai e abre outra.

Confundo a ordem dos discursos mas mantenho o sentido que me agrade.

Maria Helena é católica, minha mãe, beata e praticante. Desisto de tentar entender a determinação e a confiança, aparentemente frágil, ou sou eu quem, débil, tento explicar a vida de forma mais leviana.

Letícia é meu lenitivo, mais condescendente, conta suas manhas sem recorrer a penitências, divide traquinagens como modus vivendi, afastando qualquer culpa. Adoro quem gera, mas amo quem consola.

É hora, recorro aos dogmas buscando acolhida, se o Pai completa, encurtando a obra e expiando portas, posso também acreditar em quem as liberte. Mudo o juízo apresentando um novo epílogo: aforismas não são regras, máximas podem ser punitivas, existem outras verdades para contravir e crer que também a fé pode ser relativa.

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